sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A razão do natal


Gostaria de compartilhar a poesia de uma música composta por Édson e Telma, que eu ouvia na minha infância, que é um verdadeiro paradoxo, para o que as pessoas atualmente entendem pelo sentido do natal.

Não sei de dou razão para as pessoas que não conhecem a Cristo ainda não identificarem o sentido natal. Agora, o que não está correto, é algumas igrejas ditas evangélicas, não quererem mais comemorar o natal com a desculpa esfarrada de que Jesus não nasceu em vinte e cinco de dezembro, e que também esta data é almadiçoada por ser um dia que é dedicado ao "deus fulano de tal". .

Todo mundo sabe que esta data foi colocada pela igreja católica.O que parece uma verdadeira hipocrisia, é o fato de que estas igrejas, não comemoram o nascimento de Cristo mas fazem outras festas judaicas, como "festa das luzes",nesta época e não comemoram o nascimento do Salvador do mundo em menhuma data.

Vamos parar de hipocrisia. O importante é que Jesus nasceu. Não sei em que data, mas Ele nasceu, morreu e ressuscitou e está vivo e voltará.

É tanta bobagem mistificando o natal, que eu dou uma sugestão a todos que recebem salário: Vamos fazer um movimento para aprovarem uma lei que extingue o décimo-terceiro salário. Se não for possível, nós evangeícos não vamos mais receber este benefício porque é um dinheiro maldito. Sabe por que? Por que o décimo-terceiro salário nada mais é do que uma gratificação natalina. Pode procurar na CLT que é essa nomenclatura mesmo.

A música é a seguinte:

" Você ja pensou no natal não há noite igual a esta
Céus e terra estão em festa um menino vos nasceu
Lá em belém um dia na pureza de Maria

Mas a razão do natal não é banquete, não é enfeite relezente
Não é troca de presente, nem comida, nem bebida
O natal é vida! o natal é vida! o natal é vida com Jesus!

Por onde houver um irmão, por cuja a mesa falte o pão
Neste mundo desigual, a mensagem do natal
É repartir nossa alegria, pra que o irmão também sorria"

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Testemunho de um novo-convertido manauara

- Paz do Sin-ô igreja. Vou aqui contar meu testemunho:

- Antes de eu aceitar a Jesus, eu pecava no balde, eu marcava muito;

- Meu coração tava até o tucupi de pecado;

- Quando os meus vizinhos me convidavam pra eu vir pra igreja, eu respondia: "Nem com nojo"

- Mas agora minha vida vida mudou, hoje quando me chamam eu digo: Vou mermo?

- Me apronto com borra e vou pra igreja louvara Jesus.

- Faça como eu: De primeiro, tava todo errado, mas agora, tô servindo a Jesus.

- Paz do Sin-ô

VOCABULÁRIO:
No balde - muito
Marcar - errar
Tucupi - molho amazônico para refeições vendido em garrafas- até o tucupi significa demasiadamente.
Nem com nojo - De jeito nenhum
Vou mermo? - por mais que pareça dúvida, quer dizer um sim efusivo.
Com borra - rápido
De primeiro - antigamente
Abraço à todos.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Nao basta dizer que é crente, tem que parecer que é


Uma situação ocorrida na minha rotina de trabalho, me fez refletir quanto a situação que estamos presenciando através da mídia, e até mesmo "in loco" das pessoas que hoje se declaram crentes:

Em uma auditoria no meu trabalho, fui questionado sobre o procedimento para pagamento de alvarás judiciais; Os auditores me perguntaram se realmente eu estava conferindo todos os dados antes de efetuar o pagamento desses alvarás, porque, nestes documentos processados por mim, não havia nenhuma anotação, ou algo parecido que provasse que eu havia feito as devidas conferências. Me disseram que, não adiantava dizer que havia feito, deveria parecer.

Hoje vemos muitas pessoas e artistas declarando sua fé em Jesus, mas permanecendo nas mesmas práticas mundanas: Modo de agir, de vestir, shows, etc. Aí fico pensando quanto as passagens bíblicas que falam de transformação, de regeneração e de mudanca de vida pela mensagem do evangelho. O Apóstolo Paulo fala que "aquele que está em Cristo é nova criatura, as coisas velhas já passaram: tudo se fez Novo". Jesus mesmo também falou em uma parábola, que não se deve servir a dois senhores ao mesmo tempo.

Analisando esta questão pela bíblia, concordo com o que o pastor Geziel Gomes falou numa mensagem aqui em Manaus: existem os convencidos, que são aqueles que crêem e recebem a mensagem de salvação, mas não abandonam suas práticas. E existem os convertidos, que são aqueles que também crêm e recebem a mensagem de salvação, porém, por amor a Cristo, deixam tudo o que faziam antes, e têm uma nova vida.

Entao, NÃO BASTA APENAS DIZER QUE É CRENTE, TEM QUE PARECER TAMBÉM!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Ganhe dinheiro fácil!


- Quer ganhar muito dinheiro fácilmente sem ter que trabalhar? Siga algumas dicas abaixo, que com toda certeza você vai fazer muito sucesso:
  1. Torne um pastor. Veja bem, o que estou dizendo é para você mesmo se passar por pastor. Não precisa se filiar a nenhuma denominação; apenas diga que o seu ministério é intinerante. Pra sua segurança, invente uma certeirinha de pastor e coloque ministério que quiser, porque isso dá respaldo para alguns questionamentos.
  2. Arranje uns trocados e viaje para um lugar que ninguém te conheça. Procure uma igreja Assembléia de Deus de preferência, por vários motivos: por ser a maior igreja, ter mais congregações, e principalmente por que a maioria das pessoas não gostam de estudar a bíblia; preferem ouvir um pregador de "fogo" e conquistar e benção numa noite, do que gastar tempo orando e estudando a bíbllia.
  3. Se apresente ao pastor presidente da igreja local e diga que veio sob as bençãos do pastor "fulano de tal" mostre a sua carteirinha. Diga também que gostaria de fazer campanhas de avivamento, curas e milagres. Como o seu ministério é intinerante e niguém te sustenta, então peça nas igrejas que você for fazer estas campanhas que seja tirada oferta para o seu ministério. É aí que está a grande jogada.
  4. Agora a grande jogada: Já nas igrejas, comece a verificar com é a acústica, peça para melhorar o som, porque agora você é a estrela principal, e a sua voz tem parecer boa. Agora só um detalhe: você não precisa saber nada de bíblia, mas tem que ser bastante convicente no que fala. Aqui em Manaus diz-se "abacabeiro". Seja um pregador de "fogo", fale só um pouquinho da bíblia pra não se enrolar. Depois fale rajadas de línguas estranhas, comece a revelar coisas comuns a todos. Diga que Deus está revelando que existem pessoas com dor de cabeça, dor de barriga, depressão, tristeza, mulheres com inflamação no últero, etc. Todo mundo já está acreditando em você. Profetize filhos, casa prória, carros, empregos, causas na justiça, etc.
  5. No final do culto, quando todos já receberam a benção, explique sobre o seu ministério e peça uma grande oferta de fé, diga que daqui a alguns dias, Deus vai retribuir em dobro se todos contribuirem. Depois, arrume suas malas se mande com o bolso cheio da grana, parta pra outro lugar. Não vai faltar mercado com toda certeza.
Gostaram da dica?

segunda-feira, 1 de março de 2010

Mundo vs. Igreja


Nos dias em vivemos, podemos observar atônitos uma luta ferrenha travada entre a igreja e o "mundo". Os dois, obviamente são antagônicos, pois a igreja tem o seu fundamento em Jesus, enquanto o mundo, a bíblia diz o malígno jaz nele.

A igreja representa a pureza, santidade, renúncia. O mundo representa a maldade, destruição, pecado, etc.

Infelizmente, parece que o mundo tem levado vantagem sobre a igreja. Isso não quer dizer que o número de evangélicos tenha diminuído, pelo contrário, de acordo com pesquisas, esse número aumenta a cada ano. Há lugares no Brasil em existem mais evangélicos que católicos. Então, em que o mundo tem levado vantagem sobre a igreja?

Aqui em Manaus há uma estatística, não sei se verdadeira, mas diz que 46% da população já é evangélica. Bem, alguns fazem festa, pulam rodopiam, plantam bananeira, e bradam: " Manaus é do Senhor!" quando ouvem estes números. Mas vejam bem, se formos analisar proporcionalmente estes dados, poderíamos verificar que a violência, os homicídios, roubos, estupros, e a corrupção também diminuíssem, como consequência das transformações de vidas e libertações por causa do evangelho. Porém, o que ocorre é um aumento a cada ano de todos estes casos.

Aí que está problema. Vemos hoje que as falsas doutrinas da prosperidade e da confissão positiva e mensagens de auto-ajuda, tem inundado as nossas igrejas. Até um tempo atrás, as pessoas que vinham a Cristo tinham que se adaptar aos costumes da igreja. Hoje, ocorre o inverso, as igrejas se adaptam aos maus costumes daqueles vem até elas.

Hoje, o que mede o sucesso de uma igreja são números, diga-se: quantidade de membros, dízimos e ofertas. Outro dia encontrei uma amiga que ingressou no ministerio pastoral com o seu esposo e assumiram uma área da nossa cidade. Perguntei a ela como estava a igreja, e ela me respodeu da seguinte maneira: "Quando assumimos a igreja rendia tanto, agora rende outro tanto. Tá uma benção agora!"

Eu acho que os pastores não vêem mais os membros como ovelhas, mas imagino que do púlpito imaginam a cabeça de cada um como uma nota de real ( de cinquenta pra cima é claro). Só se prega isso nas igrejas. O evangelho de da cruz, o arrebatamento da igreja ( pra que ir pro ceú se podemos ser ricos aqui na terra?) , a renúncia , santidade, pureza, bons costumes, a distância do mundo não são mais pregados, porque isso afasta as pessoas, e a preocupação hoje é que as igrejas permaneçam lotadas, não importando como.

Por isso o mundo sorrateiramente, aos nossos olhos, tem entrado com todo tipo abominação contaminando a igreja. As pessoas chegam aos milhares, devido ao evangelho de facilidades que é pregado, e nada acontece nas suas vidas. Tornam-se apenas crentes nominais, doentes espiritualmente e sem maturidade espiritual.

Então, não me impressiona os números sobre o crescimento da igreja, se não vemos transformação de vida.

Que Deus nos guarde e nos dê forças para que possamos não nos contaminar com tantas heresias, e busquemos mais a Deus em oração e leitura da Sua Palavra.

sábado, 31 de outubro de 2009

Músicas de fogo ou forró?


Não bastassem os rítimos mundanos que foram introduzidos na igreja, que apenas levam as pessoas a pular, dançar, gritar, fazer coreografias sem produzir algo que leve à adoração verdadeira, eis que nos deparamos já a algum tempo, com um gênero musical inusitado: as músicas de fogo.

Este rítimo assemelha-se ao forró que é tocado em bares. É bastante tocado nas igrejas pentecostais, pois faz as pessoas sentirem "unção e poder" levando-as a sapatear, rodopiar, ficar com bêbedas, etc. Geralmente, é cantado por mulheres e homens de vozes potentes; os mais famosos são: Ednaldo do Rio, Cassiane e Lauriete. Por via de regra, começa bem lentamente com letras que falam de varão, homem de branco, anjo com espada de fogo. Em seguida toca-se a percursão e triângulo e o chocalho ao mesmo tempo. Depois juntam-se todos os instrumentos, não esquecendo do acordeon, produzindo um verdadeiro forrozinho apenas mudando as letras.

Mas a questão é: se existem músicas de fogo, as demais são o que?

Outro dia, um irmão lá minha igreja foi cantar e disse o seguinte: " Já foi cantado músicas de adoração. Mas agora eu vou cantar um hino de"fogo" para animar a igreja". Fiquei pensativo com o fato, pois realmente, as pessoas na igreja começaram a bater palmas, dançar e pular assim que a música era cantada.

Analisando bem a questão, cheguei a conclusão que está havendo uma certa confusão com o sentimento do poder de Deus, com simplesmente a batida do rímo. Um exemplo disso, é que participando de uma cruzada, aonde estava um famoso pregador metrosexual aqui na cidade, que solicitou que fosse cantado músicas "fogo", percebi que enquanto estavam sendo executadas estas ditas músicas, as pessoas rodavam tipo peão, recebiam a "unção do celular" , falavam rajadas de línguas estranhas. Porém, quando mudava-se o rítimo para músicas mais lentas, estas mesmas pessoas que outrora estavam "cheias", simplesmente paravam e a unção ia embora
rapinho.

Então, diante do exposto, afirmo que não existirem músicas de fogo, mas simplesmente rítimo, aonde as pessoas são levadas a dançar, pular, rodopiar de acordo com a batida. Mas o verdadeiro sentimento de poder acontece quando nos entregamos por completo à presença de Deus, não nos importando com qualquer música que seja.


A paz do Senhor!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Do site da UOL: Noites de luta e reggae enchem igrejas evangélicas no Brasil


A atmosfera estava elétrica na igreja Renascer em Cristo na noite de "Extreme Fight". Seguidores da igreja vestiam jeans e tênis, muitos com bonés virados para trás, e se alinhavam num ringue de boxe temporário para aplaudir lutadores de jiu-jitsu de peitos desnudos.

Eles gritavam quando o favorito dos fãs, Fabio Buca, resistiu ao seu oponente após vários minutos. Eles ficaram frenéticos quando o Pastor Dogão Meira, de 26 anos, abateu o seu opositor, segurando ele com uma chave de braço por apenas 10 segundos de luta.


Com a multidão ainda vibrando, o pastor Mazola Maffei, vestido em calças militares e camiseta, pegou o microfone. Maffei, que também é o treinador de luta de Meira, então deixou a multidão absorta com um sermão sobre a ligação entre esportes e espiritualidade. "Vocês precisam praticar mais o esporte da espiritualidade", ele recomendou. "Vocês precisam lutar pelas suas vidas, pelos seus sonhos e ideais".

A Renascer em Cristo está entre o crescente número de igrejas evangélicas no Brasil que estão encontrando maneiras de se conectar com pessoas mais jovens para aumentar suas fileiras. De noite de luta à música reggae, de videogames a tatuadores no local, as igrejas ajudaram a fazer o movimento evangélico o movimento espiritual que cresce mais rápido no Brasil.

Igrejas evangélicas estão atraindo brasileiros para longe do catolicismo romano, a religião dominante no Brasil. Em 1950, 94% dos brasileiros disseram ser católicos, mas o número caiu para 74% em 2000. Enquanto isso, a percentagem daqueles que dizem ser evangélicos se multiplicou por cinco neste período, atingindo 15% em 2000. Um novo censo do governo deve sair no ano que vem.

Apesar da grande conexão do Brasil com o catolicismo, mais e mais brasileiros querem experimentar e escolher sua própria religião, diz Silvia Fernandes, professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, que escreveu um livro sobre o movimento evangélico no Brasil.

Ela disse que mais brasileiros foram atraídos para as igrejas evangélicas ou o pentecostalismo, para uma "flexibilidade na expressão religiosa". Eles vêem igrejas como a Renascer como lugares onde eles podem se expressar mais livremente e "não apenas procurar soluções para problemas pessoais, mas também encontrar um lugar para conhecer pessoas e socializar".

Meira disse que para jovens que procuram salvação, o evangelismo pode preencher uma lacuna. "Aqui eles entram na igreja, às vezes para ver uma competição de luta, recebem a palavra de Jesus Cristo, e começam uma transformação. Eles vão deixar as drogas, começar a respeitar sua família e começar a curar doenças da alma, como ansiedade, depressão, drogas, álcool e prostituição", disse.

No meio do movimento jovem, a Renascer em Cristo sofreu sua parcela de controvérsia. Os líderes da igreja, Estevam e Sonia Hernandes, voltaram ao Brasil no mês passado depois de passar vários meses em uma prisão americana por tentar entrar clandestinamente com mais de US$ 56.000 nos Estados Unidos, incluindo US$ 9.000 escondidos numa Bíblia. Eles ainda enfrentam acusações de fraude, apropriação indébita, evasão de impostos e lavagem de dinheiro no Brasil.

A Renascer tenta encontrar pastores mais jovens, que podem se relacionar melhor com adolescentes. Meira é um pastor de meio período; ele também trabalha, durante o dia, em marketing para uma empresa familiar de tintas e estuda propaganda à noite.

Na noite do Extreme Fight, dezenas de jovens pairavam em volta da igreja. Na sala da frente, barracas vendiam cachorro-quente e pizza e jovens se alinhavam em um canto para fazer tatuagens com temas religiosos, como "Eu pertenço a Jesus". Na sala principal, havia videogames, um DJ tocando uma mistura de hip-hop e funk, e uma tela de projeção mostrando um DVD do Harlem Globetrotters.

Apesar de a maioria ter vindo para o evento principal, o Extreme Fight, eles deixam-se ficar. Depois de quatro lutas e do sermão de Maffei, os membros formaram pares. Um colocou sua mão na testa do outro e falou de Jesus Cristo, o outro fechou bem os olhos.

O crescimento do movimento evangélico jovem visa brasileiros de todas as classes. Na igreja Bola de Neve, jovens profissionais se misturam a outros de famílias de renda mais baixa e problemáticos.

Pastores lideram um rebanho de mais de 2.500 membros nas noites de domingo estimulados por músicas de reggae e rock, com letras religiosas projetadas em uma enorme tela.

O "apóstolo" da igreja, Rinaldo Pereira, disse que teve uma experiência próxima à morte relacionada a drogas e hepatite 17 anos atrás, antes de um evento "sobrenatural" o levar a dedicar a sua vida a Deus.

Em 1999, Pereira e outros poucos surfistas ávidos fundaram a Bola de Neve, inspirados pela ideia de que uma bola de neve começa pequena mas pode crescer e ficar grande. A igreja recebeu seu impulso inicial de um empresário de roupas de surf, que emprestou um auditório para a igreja. Precisando de um altar para sua primeira cerimônia, Pereira pegou uma prancha de surf que viu no corredor e a colocou em algumas cadeiras.

Hoje a igreja diz ter cem unidades, a maioria no Brasil. Uma delas, na Barra da Tijuca, área do Rio de Janeiro perto da praia, começou três anos atrás, com sete pessoas, e agora tem cerca de 3.000 integrantes.

Esportes e música "superam todos os tipos de limites", disse Pereira em uma entrevista.

"As pessoas podem não entrar numa igreja, mas definitivamente vão assistir a uma luta, a um campeonato de surf, a um evento musical", ele disse. "Tanto o esporte quanto a música transmitem uma mensagem para o público".

Em São Paulo, a igreja é verdadeiramente um assunto familiar. Num domingo, Pereira, de 37 anos, fez um sermão que durou três horas, ainda usando uma prancha de surf de cabeça para baixo como seu púlpito. A mulher dele, Denise, que também é pastora, aqueceu a multidão, cantando com força letras com uma banda de rock às suas costas.

No porão da igreja, o filho deles de 16 anos de idade, Nathan, liderou uma multidão de adolescentes e jovens. O pastor "em treinamento", de cabelo espetado, fez um sermão sobre Jesus Cristo com habilidade de talk-show. Em determinado momento, ele segurou um recipiente de plástico branco e estimulou os jovens seguidores a fazer doações, assegurando a eles que Deus "daria de volta em dobro" o que quer que eles oferecessem.

Escadas acima, onde seu pai fazia um sermão, um homem e uma mulher jovens tomam o palco e declaram seu amor. Pereira parabeniza pelo menos dois jovens casais por seus novos bebês, segurando-os para o alto para todos verem.

À medida que seu sermão atinge o clímax, os membros fecham seus olhos firmemente e seguram os braços, como num transe, cantando e se balançando com a música enquanto lágrimas escorrem em seus rostos.

Depois da cerimônia, Dom Luiz Bayeux, de 22 anos, contou como chegou ali. Ele cresceu num lar problemático, onde seu padrasto, um viciado em crack, morreu de Aids. Aos 13 anos, um rebelde Dom começou a sua vida no crime. Cinco anos depois, sua busca para escapar do vício o levou a muitos lugares e a várias religiões.

Depois de fracassar em um exame para entrar para as Forças Armadas, ele se lembrou de ter ouvido falar sobre a Bola de Neve. No dia em que ele chegou, o pastor disse aos membros: "Vocês estão aqui para entrar para o Exército de Jesus Cristo".

Para ele, era uma intervenção divina. "O fato de que aqui as pessoas falam a mesma língua e vivem no mesmo estilo de vida que eu foi o que realmente me atraiu a este lugar, e o que me ajudou a me manter aqui", ele disse.

*Com a colaboração de Mery Galanternick, no Rio de Janeiro